domingo, 8 de fevereiro de 2009

REVIVER TRADIÇÕES



CARNAVAL - COMO ERA?

Segundo pesquisa efectuada pelos alunos junto dos Avós, Pais e Encarregados de Educação, chegámos às seguintes conclusões:

O Carnaval nos seus tempos de meninos/as era muito animado, por ser esta a forma de convívio, ocupação de tempos de lazer e por ser uma tradição que estava fortemente enraizada na época.

Durante alguns serões, era frequente juntarem-se grupos de rapazes e raparigas, na casa de um deles, para combinarem os disfarces que iriam usar, as partidas que pensavam pregar e confeccionarem tudo o que era necessário para a concretização dos seus objectivos.

Máscaras mais usadas:
Caras tapadas, para não serem conhecidos, homens vestidos de mulher, roupas dos pais ou avós que adaptavam, vestindo-se de forma trapalhona. Havia ainda as criadas, os polícias, as damas antigas, as enfermeiras os noivos,...
De uma maneira geral a opinião de todos os que foram questionados foi que as pessoas se vestiam da maneira mais disfarçuda e cómica ou assustadora, num esquecendo a cara tapada, para não serem reconhecidos.

Dia de Compadres
Segundo as pessoas questionadas, esta data era festejada na penúltima quinta-feira antes do Carnaval.
Neste dia era hábito as raparigas pregarem partidas aos rapazes. Pegavam em chocalhos e iam chocalhar perto dos rapazes, cantando-lhes quadras jocosas. Por vezes faziam grandes patuscadas, onde não faltava o chouriço assado os pastéis de bacalhau, recheados de algodão, ou o arroz doce que em vez de açúcar levava sal. Para acabar em beleza havia sempre um bailarico.

Dia de Comadres
Na última quinta-feira antes do Carnaval, era a vez de os rapazes (compadres) se vingarem das comadres.
O tipo de partidas era idêntico. O arroz doce nunca podia faltar, bem como os chocalhos, só que agora eram os rapazes que chocalhavam as raparigas.
Há quem conte que quando chovia nesse dia, os rapazes chamavam (mijonas às comadres), o mesmo acontecendo no dia dos compadres, mas aí seriam eles os (mijões).
O bailarico era sempre a forma de acabar a festa.

Algumas partidas interessantes:
Rabos feitos de papel que se espetavam nas costas das pessoas, sem que elas dessem por isso.
Atar um fio de coco ao martelo da porta da vizinha, esconder-se e puxar para que martelo batesse.
Assaltos: Consistiam num grupo de mascarados que batiam à porta de um determinado amigo, entravam e faziam uma festa sem o mesmo estar preparado para isso.
Na ponta de um fio de coco comprido enfiavam uma nota, o fio era esticado e colocavam-se num sítio estratégico, normalmente onde passasse muita gente. Quando aparecesse alguém que tentasse apanhar a nota, puxavam o fio, tantas vezes quantas as que as pessoas tentassem apanhar a nota. No momento certo, apareciam, dizendo: “É Carnaval, ninguém leva a mal”.
Também era usual os rapazes prenderem molas, presas com fio de coco, aos chapéus das senhoras que iam à missa. A determinada altura puxavam, os chapéus saíam da cabeça das senhoras e o espanto era geral.

Dia de Carnaval
Grupos de rapazes e raparigas mascaravam-se e iam pelas ruas a pé ou em carroças enfeitadas, atirando serpentinas, farinha, molhavam-se com bisnagas de água, atiravam ovos podres e faziam barulho das mais variadas formas.
À noite faziam-se bailes de máscaras, muito animados, onde não faltava a "pinhata".

Trabalho elaborado pela Professora titular de turma do 1ºB (Maria Goretti Mamede), da Escola EB1 da Praceta, com a colaboração dos alunos, Avós, Pais e Encarregados de Educação.

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